O Alentejo, Portugal

Planícies a perder de vista combinam com sol e calor e impõem um ritmo lento e compassado. É o Alentejo. No interior, a planura imensa, searas louras ondulando ao vento; no litoral praias selvagens, duma beleza agreste e inexplorada. A amplitude da paisagem é entrecortada por sobreiros ou oliveiras que resistem ao tempo. Aqui e ali ergue-se um recinto muralhado, como Marvão ou Monsaraz, ou a simplicidade duma anta a lembrar a magia do lugar.

Árvores, flores, fauna surpreendente, água como um bálsamo para a alma, deixe-se inebriar pelos perfumes da natureza num Alentejo.

Nos montes, casas térreas e brancas coroam pequenas elevações, os castelos evocam lutas e conquistas e os pátios e jardins atestam influências árabes, que moldaram povo e natureza. No Alentejo, a força da terra marca o tempo. Talvez por isso a cultura ganhe aqui um carácter particular. Basta conhecer Évora, as suas raízes romanas e o encanto do seu património, para perceber por que razão foi classificada Património Mundial.

Admire o templo de Diana e algumas das suas igrejas e verá que não se arrepende. Mas não passe, para norte ou para sul, sem explorar o litoral. Aí, a paisagem é alta e escarpada, com pequenas praias abrigadas entre arribas. E também aqui há aromas de campo, as ervas de cheiro temperam peixes e mariscos, o tempo corre devagar. Porque todo o Alentejo vive ao ritmo da terra. Descubra toda a paleta de cores e aromas de que é feito o Alentejo. Caminhe a pé pelo verde das Serras d’ Ossa e Monfurado, Portel ou Grândola, onde vivem em sossego variadas espécies de flora e fauna e aprecie as vistas. Explore o Parque Natural da Serra de S. Mamede onde têm encontro marcado as paisagens que caracterizam o sul e o norte de Portugal. Raposas, águias, as razões são inúmeras para conhecer os segredos da Serra que apresenta o ponto mais alto a sul do Tejo.

Entre campos de cereais e pousios, nas estepes sem fim, esconde-se avifauna riquíssima. Dirija-se a Castro Verde e percorra cicuitos ambientais que o iniciam no mundo da observação de aves que são verdadeiros prodígios da natureza. Entre pinhais e salinas, praias e arrozais, faça passeios que apelam a todos os sentidos no Rio Sado. Aproveite a oportunidade para confirmar a elegância dos flamingos. De barco, faça uma viagem que os golfinhos do estuário tornam inesquecível. Sempre que o calor aperte ao atravessar o Alentejo lembre-se que há água por perto. As barragens, essenciais para a conservação do mundo rural, espalham-se de Norte a Sul, e convidam à descontracção, entre banhos, piqueniques e desportos aquáticos. Entre pinhais e salinas, praias e arrozais, faça passeios que apelam a todos os sentidos no Rio Sado. Aproveite a oportunidade para confirmar a elegância dos flamingos.

De barco, faça uma viagem que os golfinhos do estuário tornam inesquecível. Sempre que o calor aperte ao atravessar o Alentejo lembre-se que há água por perto. As barragens, essenciais para a conservação do mundo rural, espalham-se de Norte a Sul, e convidam à descontracção, entre banhos, piqueniques e desportos aquáticos. Estendendo-se ao longo de mais de 100kms de costa, desde Porto Covo no Alentejo, até ao Burgau no Algarve, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é o troço de litoral europeu melhor conservado, com várias espécies de fauna e flora únicas, sendo por isso visitado por muitos zoólogos e botânicos, oriundos de todas as partes do mundo. A paisagem é marcada pelas falésias escarpadas, representadas no símbolo do Parque, a que a erosão ao longo dos tempos deu várias formas e colorações. Aqui, avistam-se muitas espécies de aves, como as raras águias pesqueiras, mas o destaque maior vai para as cegonhas-brancas, por ser este o único local do mundo em que elas nidificam nos rochedos marítimos. Outra raridade são as lontras, pois este também é o único lugar em Portugal e um dos últimos na Europa, onde é possível encontrá-las em habitat marinho. Da flora, que inclui o maior número de espécies prioritárias no país, fazem parte espécies que só aqui existem, e que têm nomes como a Biscutella vicentina ou o Plantago Almogravensis. As Praias, muito procuradas pelos surfistas, são das melhores do país. A variedade é enorme, encontrando-se extensos areais ou pequenas praias aninhadas entre arribas e rochas. De entre tantas, podemos referir Porto Covo, Malhão, Vila Nova de Milfontes, Almograve, Monte Clérigo, Arrifana e a Praia do Amado. Se tiver energia e vontade de caminhar, pois os acessos nem sempre são fáceis, poderá descobrir muitas outras que se mantêm em estado quase selvagem. No extremo sudoeste do Parque, não deixe de visitar o Farol, no Cabo de São Vicente que dá nome a esta parte da costa, e muito perto, a Ponta de Sagres, onde existiu a famosa Escola Náutica fundada pelo Infante D. Henrique no séc XV.

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